O tratamento inadequado das fraturas de punho pode resultar em complicações sérias, como perda de mobilidade, força reduzida e dores persistentes. Este artigo é destinado a indivíduos que enfrentam ou enfrentaram uma fratura de punho. Elas podem ocorrer devido a quedas comuns entre senhoras após a menopausa, devido à osteoporose, ou em adultos jovens em acidentes de alta energia, como colisões de carro ou moto.
Compreender os sintomas, tratamentos e medidas preventivas é crucial para uma recuperação eficaz e para evitar complicações futuras.
A articulação do punho é uma estrutura complexa formada pela junção dos ossos do antebraço (rádio e ulna) com os ossos do carpo, totalizando oito ossos dispostos em duas fileiras. Esses ossos são conectados por ligamentos que proporcionam estabilidade e permitem movimentos. A fratura de punho ocorre mais frequentemente na porção final do rádio, a parte mais vulnerável do punho.
Existem dois grupos principais de pacientes com fratura de punho: mulheres após a menopausa, que são mais propensas a quedas por terem os ossos enfraquecidos devido à osteoporose, advinda de questões hormonais dessa fase da vida; e adultos jovens, principalmente homens, que sofrem traumas de alta energia, como acidentes de carro ou moto, resultando em fraturas complexas com múltiplos fragmentos e possíveis danos aos ligamentos e cartilagens.
Para quem enfrenta a possibilidade de uma fratura de punho, compreender os sintomas é crucial. Dor intensa, inchaço, deformidade visível e dificuldade em mover ou girar o punho são sinais comuns de uma fratura.
Medidas preventivas, como a prática de exercícios para fortalecer os ossos, a adoção de precauções para evitar quedas e o uso de equipamentos de segurança em atividades de alto risco, podem ajudar a reduzir o risco de fraturas de punho no futuro.
Após um acidente, é possível identificar uma fratura de punho pela deformidade evidente no local. Em casos menos graves, pode-se observar inchaço e dor na parte de trás do punho. Ao buscar atendimento médico de emergência, o médico geralmente solicitará uma radiografia para confirmar o diagnóstico.
Se houver dúvidas ou se for necessário avaliar os fragmentos ósseos com mais detalhes, pode ser realizada uma tomografia computadorizada. A ressonância magnética é reservada para suspeitas de lesões em ligamentos ou cartilagens.
O objetivo principal do tratamento para fraturas de punho é garantir que os ossos se curem corretamente e voltem à sua posição normal. Para fraturas simples que não estão fora do lugar ou que têm um deslocamento pequeno, geralmente é feito um tratamento sem cirurgia, imobilizando o punho com gesso. Durante aproximadamente seis semanas, o gesso é usado, inicialmente indo até o cotovelo e depois com uma luva gessada para permitir o movimento do cotovelo. É importante que o gesso não seja apertado demais para evitar complicações, como inchaço e rigidez dos dedos.
Em casos mais graves, como fraturas deslocadas ou instáveis, onde os ossos não podem ser alinhados corretamente, a cirurgia pode ser necessária. Isso é especialmente verdadeiro se houver fragmentos ósseos deslocados ou se a fratura ameaçar se deslocar mesmo com o gesso.
No entanto, apenas em situações de emergência, como fraturas expostas, lesões nos nervos ou vasos sanguíneos, ou um inchaço grave que pode afetar o suprimento sanguíneo da mão, a cirurgia é realizada imediatamente após o acidente. O médico especializado fará a análise da situação.
Percebam que o tratamento varia dependendo da gravidade da fratura e a recuperação pode levar semanas ou meses, sendo que a fisioterapia pode ser necessária para restaurar a força e a mobilidade. É fundamental consultar o médico especialista em mãos para receber o diagnóstico e o plano de tratamento correto para cada caso.
A cirurgia para corrigir uma fratura de punho é geralmente realizada com anestesia local no braço, podendo ser administrado um sedativo tranquilizante para conforto do paciente. Um garrote é usado para controlar o sangramento durante o procedimento. Geralmente, o paciente é internado e permanece no hospital por cerca de 21 horas.
Durante a cirurgia, uma incisão é feita na parte frontal do punho, seguida pelo afastamento dos tendões e preparação do espaço para os materiais de fixação, como placas e parafusos. Um sistema de raios-X contínuo é utilizado para garantir que a fratura seja alinhada corretamente. Após a colocação dos materiais de fixação, a incisão é fechada e um curativo é aplicado, seguido por uma tala gessada para imobilização.
Antigamente, uma técnica cirúrgica comum para fixar fraturas de punho era o uso de fixadores externos. Esses dispositivos nada mais são que pinos inseridos nos ossos, conectados por barras do lado de fora da pele. Eles são especialmente úteis em casos de fraturas expostas graves, onde é necessário realizar múltiplos curativos sem mover a área fraturada.
Atualmente, muitos cirurgiões de mão consideram a colocação de uma placa na parte anterior do punho como a melhor técnica cirúrgica. No entanto, outras abordagens, como a fixação com pinos intraósseos ou placas na parte dorsal do osso, também são consideradas por diferentes especialistas. A colocação de uma placa na parte inferior do punho oferece vantagens, pois há mais espaço e menor risco de complicações com os tendões, uma vez que os materiais de fixação ficam protegidos por músculos.
Os avanços nos sistemas de fixação de fraturas, onde os parafusos são inseridos diretamente na placa, reduzem o risco de deslocamento dos ossos no pós-operatório e permitem uma recuperação mais rápida. Isso contrasta com os sistemas antigos, que muitas vezes exigiam o uso de fixadores externos ou pinos adicionais para reforçar a fixação.
Após a cirurgia, geralmente o paciente recebe uma tala tipo luva para imobilizar apenas a área da fratura, permitindo movimento nos dedos e cotovelo. É importante movimentar os dedos regularmente, especialmente com a mão para cima, para evitar inchaço.
No entanto, evitar atividades que exijam força, como levantar objetos pesados, é essencial. O primeiro curativo é trocado após sete dias e os pontos são removidos cerca de 10 a 12 dias após a cirurgia.
Na terceira semana, a tala de gesso é substituída por uma tala removível. Em seguida, o paciente inicia a reabilitação e fisioterapia, onde é permitido movimentar livremente o punho e é recomendado massagear a cicatriz com creme hidratante para reduzir o inchaço e prevenir aderências nos tecidos locais.
O tratamento inadequado de uma fratura de punho pode resultar em complicações significativas, como deformidade estética, redução da mobilidade dos dedos e do punho, além de dor persistente.
Pacientes com osteoporose são especialmente vulneráveis, pois o osso fraturado pode encurtar devido à falta de cálcio, afetando a mobilidade e o movimento de giro do punho. O deslocamento de fragmentos ósseos dentro da articulação também pode causar dor e redução da mobilidade, devido ao desgaste da cartilagem.
Além disso, o tratamento inadequado pode levar à Síndrome do Túnel do Carpo, resultando em dor e dormência nos dedos, especialmente durante a noite. Essas complicações destacam a importância de um tratamento adequado e acompanhamento médico após uma fratura de punho.
É crucial procurar um médico assim que suspeitar de qualquer problema com o punho. Quanto mais cedo a fratura for diagnosticada e tratada adequadamente, menores serão as chances de complicações a longo prazo e maior será a probabilidade de uma recuperação completa. Não hesite em buscar ajuda médica ao sentir dor, inchaço ou qualquer desconforto no punho; sua saúde merece atenção imediata.
Para pacientes tratados conservadoramente, a fisioterapia é iniciada após cerca de seis semanas, após a consolidação. Para aqueles que passam por cirurgia, os exercícios começam logo após o procedimento e continuam nas primeiras três semanas, geralmente em casa. Em casos de dificuldade de movimentação do punho ou polegar, encaminhamento imediato para fisioterapia pode ser necessário.
O tratamento com um fisioterapeuta qualificado começa cerca de 20 dias após a cirurgia, focando na recuperação da mobilidade e, posteriormente, no ganho de força. Os resultados completos do tratamento podem ser observados apenas após cerca de doze meses, com melhoria progressiva da potência e mobilidade.
Ao enfrentar uma fratura de punho, não subestime a importância de buscar ajuda médica especializada. Cada caso é único e requer um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. Desde o momento do diagnóstico até o tratamento e a reabilitação, a orientação de um médico experiente pode fazer toda a diferença na sua recuperação.
Não negligencie os sinais de uma possível fratura de punho, pois o preço a longo prazo pode ser alto. Priorize sua saúde e busque assistência médica assim que surgirem quaisquer sintomas de desconforto no punho. Quanto mais cedo você agir, melhores serão suas chances de uma recuperação completa e sem complicações.