Você já ouviu falar sobre a Rizartrose? É uma condição que afeta a articulação na base do polegar, causando dor e limitando os movimentos. Nas articulações, as cartilagens funcionam como amortecedores, mas com a Rizartrose, elas se desgastam, expondo os ossos e causando atrito doloroso.
Se você sente dor ao mover o polegar, pode ser que esteja lidando com a Rizartrose. Este artigo é para quem busca entender melhor essa condição. Você já foi diagnosticado com Rizartrose? Como a dor afeta suas atividades diárias? O que você gostaria de saber sobre tratamentos disponíveis? Siga nesse artigo e vamos te explicar em detalhes!
Você sabia que a Rizartrose, também conhecida como artrose da base do polegar, pode ter várias causas? Embora seja uma forma de artrose, pode ser desencadeada por diferentes condições, como Artrite Reumatoide, Gota, infecções ou fraturas mal consolidadas.
Em casos onde a causa é conhecida, chamamos de Artrose Secundária. No entanto, na maioria das vezes, a causa não é clara, sendo denominada Artrose Primária. Surpreendentemente, a predisposição genética é o principal fator, não a idade. Você sabia disso? Como você percebe a influência da genética em sua condição?
Quando se trata de Rizartrose, infelizmente, não há uma pílula mágica que possa regenerar a cartilagem desgastada. No entanto, nem todos os pacientes com Rizartrose precisam de tratamento, especialmente se não estiverem sentindo dor.
Para aqueles que apresentam sintomas, existem medicamentos disponíveis para ajudar a controlar a dor e melhorar a mobilidade da articulação. Um desses medicamentos é o Sulfato de Glucosamina, que pode proporcionar alívio da dor e melhora da mobilidade, embora leve algum tempo para começar a fazer efeito.
O diagnóstico da Rizartrose é feito principalmente com base nos sintomas relatados pelo paciente e na observação da mão afetada. A história detalhada da dor e a aparência da mão são indicativos importantes. Além disso, certas manobras que causam desconforto, como pressionar longitudinalmente o polegar ou realizar movimentos de rotação, ajudam a confirmar o diagnóstico.
Exames de imagem, como radiografias, são frequentemente usados para confirmar a suspeita clínica. No entanto, em alguns casos, pode não haver uma correspondência direta entre a aparência das radiografias e os sintomas do paciente. Para monitorar a progressão da doença e possíveis complicações, existe uma classificação radiológica que categoriza a gravidade da Rizartrose em quatro grupos distintos.
A articulação entre o osso Trapézio e o primeiro Metacarpo é única, com uma forma de sela que permite grande mobilidade. Para manter essa estabilidade, diversos ligamentos, como o Obliquo Anterior e o Intermetacárpico, desempenham um papel crucial. No entanto, o afrouxamento desses ligamentos, influenciado por fatores hormonais e pela ação dos músculos do polegar, pode levar a uma tendência de deslocamento para fora da articulação, aumentando o desgaste.
A Rizartrose afeta mais mulheres, especialmente após os 40 anos. Acredita-se que os ligamentos das mulheres sejam mais elásticos, o que pode contribuir para a instabilidade articular. Embora não haja evidências claras de que o uso excessivo do polegar em movimentos repetitivos aumente a incidência de Rizartrose, sabe-se que o uso excessivo pode intensificar os sintomas em uma articulação já afetada pela condição.
A Rizartrose é comum na mão. Normalmente, a artrose se concentra nas pontas dos dedos e na base do polegar, com poucos casos afetando outras articulações dos dedos.
Na ponta dos dedos, a artrose causa dor, inchaço e limitação de movimento, podendo também formar cistos. Já na base do polegar, entre o trapézio e o primeiro metacarpo, a artrose pode ser especialmente debilitante, já que o polegar desempenha um papel crucial nos movimentos de pinça. Esse desgaste precoce da cartilagem é uma característica marcante da Rizartrose.
A Rizartrose apresenta sintomas que podem afetar significativamente a vida diária. A dor é o sintoma mais comum, geralmente sentida na parte de cima e nos lados da base do polegar, tornando-se mais intensa durante atividades que requerem movimentos de pinça, como abrir uma garrafa ou escrever. Inicialmente, a dor pode ser mais notável pela manhã, mas à medida que a doença avança, pode persistir durante o repouso e até mesmo perturbar o sono.
Nos casos graves, a articulação pode se deformar, formando uma saliência óssea devido ao deslizamento do primeiro metacarpo sobre o trapézio. Essa deformidade pode limitar o movimento do polegar e até causar uma aparência em “Zig Zag” nos dedos.
Para muitos pacientes com Rizartrose, o tratamento conservador é a primeira linha de defesa contra a dor e a limitação dos movimentos. Este tipo de tratamento visa principalmente aliviar a dor, já que a mobilidade da base do polegar permite adaptações mesmo com a falta de movimento.
Nas fases iniciais, quando a dor é sentida em certos movimentos ou atividades específicas, medidas não cirúrgicas são indicadas. O tratamento é individualizado, levando em consideração a gravidade do desgaste observado nas radiografias e o impacto da dor na vida diária.
O controle da dor é o foco inicial, com a aplicação de gelo, uso de anti-inflamatórios não hormonais e sessões de fisioterapia para reduzir a inflamação e melhorar os sintomas. Em crises de dor, especialmente durante o inverno ou após esforços físicos, uma órtese removível de acrílico pode ser prescrita para imobilizar suavemente a articulação afetada. Além disso, em casos de crises intensas, a infiltração intra-articular com anestésico e cortisona pode oferecer alívio temporário, mas deve ser administrada com cautela devido ao potencial de desgaste adicional nos tecidos afetados.
Para pacientes com Rizartrose, a cirurgia é considerada quando o tratamento não cirúrgico não proporciona alívio adequado da dor e da dificuldade nas atividades diárias. Como a Rizartrose tende a piorar com o tempo, a intervenção cirúrgica se torna uma opção para melhorar a qualidade de vida.
Embora tenha sido tentada a implantação de próteses, os resultados não foram satisfatórios devido à mobilidade e à exigência de força no polegar. A cirurgia mais comum para Rizartrose é a Artroplastia de Suspensão, na qual o osso trapézio é substituído por um tendão, estabilizando o polegar e evitando o contato doloroso entre os ossos. Outras opções incluem a Artrodese, que funde os ossos, e a Osteotomia, que reposiciona os ossos, mas são menos comuns. É essencial consultar um especialista para determinar o melhor curso de tratamento para cada caso de Rizartrose.
Após a cirurgia para Rizartrose, uma tala será aplicada para imobilizar o polegar, permitindo o movimento completo dos outros dedos. Manter a mão elevada ajuda a reduzir o inchaço e a dor nos primeiros dias. O curativo inicial é trocado após uma semana e os pontos são removidos após duas semanas. Durante três semanas, a imobilização é mantida, com ênfase na mobilização do ombro, cotovelo e dos outros dedos.
Após esse período, o paciente é encaminhado para reabilitação. Lá, inicia-se um programa de exercícios para recuperar a amplitude de movimento e a força. Em cerca de três meses, espera-se que o paciente retorne às atividades diárias, incluindo esportes. É importante seguir as orientações do especialista para uma recuperação completa.
Após entender os sintomas, causas e opções de tratamento para a Rizartrose, é fundamental buscar a orientação de um especialista experiente. Um profissional qualificado pode oferecer um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado, levando em consideração a gravidade da condição e as necessidades individuais do paciente.
Além disso, o acompanhamento especializado durante o processo de recuperação pós-cirúrgica é essencial para garantir uma recuperação eficaz e minimizar complicações. Não hesite em procurar um médico ortopedista ou reumatologista familiarizado com o tratamento da Rizartrose para receber o melhor cuidado possível e melhorar sua qualidade de vida.